sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Deixas Em Mim Tanto De Ti"


"A noite não tem braços
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.


Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

A estrada ainda é longa,
Cem quilómetros de chão,
Quando a espera não tem fim,
Há distâncias sem perdão.

Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

Navegas escondido,
Perdes nas mãos o meu corpo,
Beijas-me um sopro de vida,
Como um barco abraça o porto.

Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti."

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Agora já é Tarde!

"Agora já é tarde
Não tem depois nem antes
Nem planos nem bagagens
O mundo só mudou de cor

Durante a tempestade
Relâmpagos distantes
Revelam a passagem
Da escuridão para o esplendor

O tempo é tão covarde
E ao mesmo tempo criador

Se o fogo ainda arde
Nos corações gigantes
Faz parte da paisagem
A labareda do amor"

No início tudo bate certo. Tudo acaba por fazer sentido.
A meio damos asas à imaginação e descobre-se um mundo para lá do limite dela. O vento sacode as migalhas de duvidas que possamos ter e o sol dá-nos a força e confiança de que necessitamos para levar a cabo mais um dia, mais uma réstia de esperança, mais fé em nós e mais e cada vez mais expectativa.

Depois....bom, depois vem o fim de tudo. Vem a conta de somar que todos odeiam....
Demasiada Expectativa + Excesso de Ilusão = Profundo Desalento.
E a culpa apodera-se das gentes, que nada fez antes do tempo terminar com tudo, e romper terra firme e rasgar o chão que pisamos diante de nós.


Mas....Agora já é tarde!