sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Contemplo...
Era possível ficar horas a falar do que uma imagem nos transmite.
Era fácil descrever o que observo.
Era complicado falar sobre uma cidade...aquele que nos diz tanto e tão pouco sobre nós.
Por estas razões e mais umas quantas que não sei, ao certo, dizer...contemplo...e apenas vou contemplar!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Devaneio Brusco da Noite Nublada
E quanto mais escrevo, menos minto, e não nego que
Ninguém prometeu nada.
Fui eu que julguei que podia arrancar, sempre, mais uma madrugada...
Nunca ninguém disse que o riso nos pertence.
Ninguém prometeu nada.
Fui eu que julguei que podia arrancar, sempre, mais uma gargalhada...
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
"Deixas Em Mim Tanto De Ti"
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Agora já é Tarde!
sábado, 8 de agosto de 2009
Sinfonia do Silêncio Nocturno
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
ABSURDO
Tornarmo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos. Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas e não sabemos o que somos realmente. O único modo de estarmos de acordo com a vida é estarmos em desacordo com nós próprios. O absurdo é o divino.
Estabelecer teorias, pensando-as paciente e honestamente, só para depois agirmos contra elas - agirmos e justificar as nossas acções com teorias que as condenam. Talhar um caminho na vida, e em seguida agir contrariamente a seguir por esse caminho. Ter todos os gestos e todas as atitudes de qualquer coisa que nem somos, nem pretendemos ser, nem pretendemos ser tomados como sendo.
Comprar livros para não os ler;
ir a concertos nem para ouvir a música nem para ver quem lá está;
dar longos passeios por estar farto de andar e ir passar dias no campo só porque o campo nos aborrece.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Levas-me?
Se nada disto faz sentido,
Se nada disto irá fazer algum sentido….
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Perfeito Vazio
O tempo que gastamos em desilusões de memórias deixadas ao abrigo do passado...
O tempo que se inventa quando nunca se é capaz...
O tempo que desperdiçamos, mesmo quando sabemos que este nunca volta atrás.
Matamos a vida!
Viajamos em nós à procura de quem somos com a base de quem éramos e tentamos descobrir quem um dia iremos ser. Mas acabamos por nos perder ainda mais, misturando, assim, o passado, o presente e o futuro.
Abarcamos connosco a raiva de um mundo, o ódio das gentes, o desespero dos outros. Juntamos-lhe o rancor e assim se esquecem os Amigos, se esquece a Família, se esquece quem realmente importa! Guardam-se memórias, vãs, a sete chaves, de um tempo que o próprio tempo se encarregou de fechar.
Matamos a Vida!
Destruímos o mundo. Destruimo-nos a nós próprios. Destruímos os outros. Matamo-nos com Guerras e lutas ridículas. Estabelecemos Políticas inúteis, criam-se protestos, cria-se a revolta, vê-se a miséria acumulada, aqui e ali...emocionamo-nos por ver o estado degradado das coisas, dos dias, das horas...de tudo.
Matamos a Vida!
Queixamo-nos sobre isto e sobre aquilo mas não fazemos nada, absolutamente nada a não ser criticar, apontar o dedo e falar, falar....Mas palavras leva-as o vento e é preciso agir, fazer alguma coisa e ir mais além.
Matamos a Vida!
Vivemos em vão, num vazio constante. Vejo um mundo perdido e afundado, vejo interesses e intrigas, discussões e mentiras, sobretudo reina a Ilusão. A Ilusão de que tudo é nosso, a ilusão de que tudo está bem e bem continuará a estar, a Ilusão de viver numa Utopia, a Ilusão de que temos connosco pessoas perfeitas. Tudo se resume a Ilusões e tudo se resume à Humanidade, já que são os humanos os "comandantes" do Planeta e assim, os responsáveis pelas coisas boas e também pelas más.
Matamos a Vida por nada, damos nada por tudo e tudo se resume a um Perfeito Vazio!
terça-feira, 12 de maio de 2009
"Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como realmente são - como são para os outros" Fernando Pessoa
"E se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Fernando Pessoa
"Pois o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras muitas faces."
"Então viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida." Fernando Pessoa
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre." Miguel de Sousa Tavares
"Esta Verdade não pertence a ninguém mas tão somente a quem seja capaz de a entender."
sexta-feira, 13 de março de 2009
Pudesse Um Olhar...
segunda-feira, 2 de março de 2009
Viagem à Terra do Nunca
Espreito pela janela, não há sol, é cedo e vou devagar. Saiu para a rua quase sem destino, numa partida sem hora para chegar.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Sem Regresso!
Uma Questão de Hábito
domingo, 18 de janeiro de 2009
Começar Outra Vez
Ao longe a lua e a madrugada, serena e calma... iluminam num breve reflexo estas palavas rascunhadas à pressa num rasgo súbito de inspiração, vinda da alma, que o vento gélido leva num sopro vago...se assim o quiser!
Procurei em silêncio na minha vaga inspiração, mas nada saía, mas nada do que escrevia fazia sentido...então esperei, quieta e fria, que chegasse o tal momento, pra lá de onde o mar rebenta, que me trouxesse o que tanto procurei.
Contextualizei o que guardei meses a fio, o que sabia existir mas não queria escrever nem descrever e cheguei então à conclusão de que faz parte começar tudo outra vez, faz parte sentir o mundo de novo, faz parte partir e voltar, ganhar e perder, ir e vir...depressa, devagar...despir o medo..fugir de tudo, amanhecer cedo...olhar pela janela e sentir que não é preciso correr, que não é urgente chegar...o que é preciso é acordar...o que é preciso é viver!
Não sei bem quem sou nem o que quero fazer,
que caminho tomar,
que rumo vou seguir,
que medos abandonar,
de que toca fugir...
que margem devo levar pra longe,
que sonhos perseguir e voar sentindo o vento seguir.me, tocar-me, levar-me para onde precisso de ir...até te encontrar, até me encontrar a mim...até rever todos aqueles que fazem parte do que sou..eles que tanto sabem de mim, de quem guardo e acumulo um mundo inteiro de saudades, de sorrisos e de glórias conjuntas que sei que um dia vou voltar a reviver; até reencontrar o meu mundo perdido, até regressar ao passado para ir buscar o meu futuro; até conseguir limpar da minha memória quem alguma vez feriu graves sentimentos inundados de coisas quase perfeitas, levadas para onde o mar rebenta ao longe...no infinito; até conseguir alcançar os meus limites mais elevados...onde nenhuma vertigem consegue chegar...até o encontrar e lhe pedir que me abrace e que me leve p'ra lá do tempo....p'ra lá do universo...p'ra lá de cada peça de que é feita uma viagem de cartão!
Deixo-me assim levar por leves brisas de palavras que me trazem a sensação de que estou a começar de novo, a vaguear por pensamentos meus, a viajar na minha ilusão...a brindar sonhos ao relento como quem junta os pedaços entre a loucura e a razão...