sábado, 29 de outubro de 2011

E no momento exacto a consciência falou mais alto e...


"Depois da Tempestade vem a bonança!"

sábado, 15 de outubro de 2011

Morrer de sede em frente ao mar...

Apaga-se a luz. Fecho a porta atrás de mim. Desço as escadas e deixo para traz apenas o silêncio das palavras que ninguém ouviu, dos gestos que ninguém viu e o pulsar de um magnetismo que me desconsertou e me roubou o tempo que dei como perdido! A isto junta-se a vontade anunciada que eu já tinha de partir. Juntou-se o útil ao agradável por tanto!
Agora apercebo-me que provavelmente com o findar dos dias finaram-se também pedaços de mim! Morri um bocadinho em cada momento que sonhei, em cada loucura que cometi, em cada segundo que me prendi demasiado e em cada noite em que procurei a minha realidade!
Morre-se de sede em frente ao mar...sempre que aquilo que se considerou objectivo, não passa agora de um nevoeiro que já se foi.
Mas a vida continua! O tempo avança e eu avanço arrastada pela maré! Acordo, vivo o dia, depois contemplo a noite, voo pela madrugada e sonho como se não fosse acordar nunca mais!
Morre-se de sede em frente ao mar quando nos apercebemos que mesmo tendo corrido atrás da nossa meta...por um segundo ela nos escapou; ou quando nos apercebemos que afinal os nossos sonhos são sempre gigantes para serem projectados em coisas ou pessoas pequenas demais para os alcançar!

De algumas coisas eu tenho a certeza: vão haver sempre sonhos, vai haver sempre algo para construir e vai haver sempre alguém que venha destruir aquilo que construimos! Depois bate-se com a porta, deixa-se o silêncio para quem o queira ouvir e as palavras para quem as queira ler!




Compreenda-se que "Morrer de sede em Frente ao Mar" é apenas a metáfora que hoje me descreveu! Amanhã, provavelmente, não fará qualquer sentido. Mas as palavras também são metáforas e quem disse que elas não têm o seu sentido?!

sábado, 8 de outubro de 2011

Viciante!


As pessoas são viciantes! São equivalentes ao álcool ou ao tabaco..são drogas que não nos cansamos de ingerir, porque ficamos viciados nelas.
Habituámo-nos à presença dessas pessoas, convivemos e vivemos lado a lado com elas, fazem parte do nosso dia-a-dia, acompanham as nossas batalhas, caminham connosco, sorriam quando sorrimos, choram quando choramos e a determinada altura percebemos que já entraram na nossa vida e que foram ficando sem pedir licença. Habituámo-nos então aquela presença e quando damos por nós....já não lhes podemos fugir. Os seres humanos têm destas coisas! Mas nem tudo são rosas e muitas vezes acontecem divergências, porque cada um tem a sua maneira de agir e de pensar e felizmente não somos todos iguais.
E agora pergunto-me: São as relações entre os seres humanos que são complicadas? Ou somos nós, humanos, que as complicamos?
Não encontrei, ainda, a resposta para estas perguntas. Sei apenas que me vicio nas pessoas, como quem fuma um cigarro ou bebe um copo todas as noites. Elas -as pessoas - são pequenas drogas que são simultâneamente o meu mal e a minha cura!
São o meu mal porque perante a consciência do "vício" preciso de uma solução rápida para me "desviciar"...o que trás sempre algum desalento e desilusão...todos os vícios nos iludem! É inegável! Não me digam o contrário!
E são simultâneamente a minha cura porque preciso desse "vício" para sobreviver. Afinal o que é feito de nós se não houver ninguém à nossa volta?!

Eu só sei que estou numa luta constante contra os meus "vícios" a ocultar as tareias do passado, fazendo as pazes com o presente e ajustando ao meu mundo a velocidade com que vou viver o futuro!

Limites

É inegável que existem limites e barreiras para tudo. É também inegável que por muitas vezes se ultrapassa esses mesmos limites. E é por isso que precisamos de "pausas" para pensar e repensar se estamos a ir no caminho certo e se os limites de velocidade a que vamos não foram já excedidos. No meu caso concreto penso que já perdi a noção e ultrapassei-os todos, sem sequer me aperceber!


A vida é um processo muito rápido: é uma calma aparente, o tempo de uma frágil recordação...a intensidade do que se sente, equivalente ao pulsar de um coração.


E há muitas maneiras de viver - há quem viva a correr, há quem viva devagar, há quem passe pela vida e há ainda quem não viva nada por medo do que possa acontecer - eu optei por moderar a velocidade, porque dei por mim a conviver com os dias sem sequer olhar para eles. E quando dei conta o tempo tinha-me escapado por entre os dedos e o chão já me fugia debaixo dos pés.


Sobraram-me os sonhos e a esperança que comanda quase todas as vidas e tive uma sensação equivalente à de quem ia a 150km/h numa auto-estrada e fez marcha-atrás! Isto tudo porque não avaliei as causas nem as consequências dos meus actos, muito menos medi os estragos que poderiam acontecer e faltou-me o tal momento de reflexão.




Neste momento perdi-me numa "pausa" para redefinir os meus limites, para ponderar a que velocidade devo ir. Vou devagar porque já não tenho pressa, porque o tempo já não espera por mim e já não tenho nada que me prenda, nem nada que me impeça de ir...porque tudo se faz e se desfaz muito rapidamente...



"Foi como ir a 150km/h e fazer marcha-atrás..."