
A vida é um processo muito rápido: é uma calma aparente, o tempo de uma frágil recordação...a intensidade do que se sente, equivalente ao pulsar de um coração.
E há muitas maneiras de viver - há quem viva a correr, há quem viva devagar, há quem passe pela vida e há ainda quem não viva nada por medo do que possa acontecer - eu optei por moderar a velocidade, porque dei por mim a conviver com os dias sem sequer olhar para eles. E quando dei conta o tempo tinha-me escapado por entre os dedos e o chão já me fugia debaixo dos pés.
Sobraram-me os sonhos e a esperança que comanda quase todas as vidas e tive uma sensação equivalente à de quem ia a 150km/h numa auto-estrada e fez marcha-atrás! Isto tudo porque não avaliei as causas nem as consequências dos meus actos, muito menos medi os estragos que poderiam acontecer e faltou-me o tal momento de reflexão.
Neste momento perdi-me numa "pausa" para redefinir os meus limites, para ponderar a que velocidade devo ir. Vou devagar porque já não tenho pressa, porque o tempo já não espera por mim e já não tenho nada que me prenda, nem nada que me impeça de ir...porque tudo se faz e se desfaz muito rapidamente...
"Foi como ir a 150km/h e fazer marcha-atrás..."
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