quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Sol não vê até o Céu limpar...


 
Nunca se está preparado para os golpes que a vida nos prega, nem existe uma maneira fácil de aceitar a verdade das coisas e aceitá-las. É sempre injusto, é sempre duro e é sempre inevitável que haja uma aceitação do que for surgindo.

Nunca ninguém disse que os dias eram nossos, ninguém prometeu nada, nós é que sempre acreditamos na eternidade das coisas e sempre julgamos que as madrugadas eram todas nossas...que terrível ilusão. Iludimo-nos, julgando-nos donos de tudo, incluindo da nossa própria vida, mas ao que parece nem essa nos pertence.

Vivemos submersos, tantas vezes, de falsas verdades, amarrados às ilusões e ancorados aos nossos próprios problemas: ao nosso tempo (ou à falta dele), ou em nós mesmos. Esquecemo-nos facilmente da fragilidade da vida e dos momentos que nela vivemos, que não tarda não irão passar de meras recordações, frágeis recordações. Esquecemo-nos de viver um dia de cada vez, como se ele fosse o último, esquecemo-nos de viver tudo de todas as formas, de viver intensamente, esquecemo-nos de demonstrar os nossos sentimentos e de sorrir e amar como se o amanhã nunca mais acontecesse. Estamos sempre tão ocupados que nos esquecemos de viver. Pois bem, é nestas alturas que os golpes duros da vida nos atingem, é quando menos esperamos, é aí que nos escapa o tapete debaixo dos pés e acordamos numa realidade dura e tantas vezes injusta.

São nestes momentos que sentimos nascer em nós (ou renascer) forças que não se sabe muito bem de onde vêm, simplesmente aparecem. Nestes momentos a revolta dá lugar à esperança, esta que é o único sentimento capaz de vencer o medo. É aí que sentimos quem realmente nos faz falta e quem são aqueles essenciais, cuja presença será sempre preciosa em todo e qualquer momento. É, também, aí que a tempestade irá acalmar.

 

É aí que o Sol irá espreitar, porque…
                                                                       O Sol não vê até o Céu limpar. 

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